Este post foi criado e editado por Heider Alan
Sempre quis debater esse assunto, e agora que tenho um blog, não poderia perder a oportunidade. Hoje, o Sertanejo está na boca do povo, mesmo com um preconceito que ainda é grande, se compararmos com outros ritmos. Esse ritmo maravilhoso nasceu lá no fim da década de 40 para início da década de 50 com Tonico & Tinoco, Inezita Barroso, Pedro Bento & Zé da Estrada, entre outros. Nasceu com o divino instrumento português: a Viola Caipira. Aos poucos foram-se criando duetos tocando, geralmente Viola/Violão. Conta-se que o grande Tião Carreiro, aos 8 anos de idade, pegou uma das violas de Tonico & Tinoco durante um show deles, e assim, ele conseguiu formar os acordes e, posteriormente, as canções foram sendo compostas como: Pagode Em Brasília, Amargurado, Chora Viola… Eu lhes pergunto: O quê seria da música sertaneja se Tião Carreiro não tivesse pedido “emprestado” a viola de Tonico & Tinoco?
Já na década de 70, começou a nascer um novo sertanejo, mais romântico, mais completo, com guitarra e tudo mais. Léo Canhoto & Robertinho e Milionário & José Rico foram os percussores dessa fase. Canções como Duas Camisas, Gaivota, Vou Tomar um Pingão e Estrada da Vida são dessa época.
Na década de 80, a grande época talvez tenha sido a melhor fase. Calma, eu digo o Por Quê. Foi nessa época que a melhor dupla sertaneja nasceu e a maior dupla se consagrou. Eu falo de Chrystian & Ralf e Chitãozinho & Xororó, respectivamente. Caso discordem, a página de comentários é logo abaixo. Fio de Cabelo, Sonhei com Você, Nova York, Seu Amor Ainda é Tudo, Liguei pra Dizer que te Amo, Vestido de Seda, Evidências, são alguns dos hits da época que ainda estão na ponta da língua.
Os anos 90 foi a época das guitarras dobradas… Quem não se lembra daqueles arranjos de Coração Está em Pedaços, Preciso Ser Amado, Olha Amor, Só dá Você na Minha Vida… foi a época de Gian & Giovani, Zezé di Camargo & Luciano, Leandro & Leonardo, João Paulo & Daniel e Rick & Renner. E foi a consagração de Chrystian & Ralf e a continuação de Chitãozinho & Xororó.
No início do século 21, foi a continuação das musicas melosas da década de 90 com o acréscimo de Bruno & Marrone e Edson & Hudson. Depois tivemos uma mudança para o que chamamos de Sertanejo Universitário com César Menotti & Fabiano e João Bosco & Vinícius. O Sertanejo Universitário nada mais é que canções com pegada mais forte, mais rápidas. Com esse novo ritmo, várias outras duplas cresceram. Eu nem vou coloca-las aqui, pois são muitas, você devem saber, além do Luan Santana (O Gurizinho, mesmo que ele não goste disso, é ainda chamado por esse nome…). Os mesmos João Bosco & Vinícius e Jorge & Mateus estão vindo com um sertanejo mais pop, oriundos da produção do Dudu Borges, com uma Bateria “mais seca” e violões mais “na cara”. Claro que não podemos deixar de citar aqueles que remetem mais ao romântico como o Eduardo Costa, o Gusttavo Lima. Aliás, prefiro o romantismo. Sempre deixei claro isso pra todos. No blog não será diferente.
Diante de tudo isso aí em cima, alguém ainda duvida que o Sertanejo não é MPB?